sexta-feira, 24 de junho de 2011

Corpus Christi

As nossas paróquias de Santo Antônio, em Belisário, e Nossa Senhora do Rosário, em Rosário da Limeira, celebraram com grande solenidade a festa do Corpo e Sangue de Cristo. Os artistas locais nao brincaram em serviço e enfeitaram as igrejas e ruas com muita arte e bom gosto. Uma bonita homenagem a Nosso Senhora Jesus Cristo, Deus Conosco, presente na Eucaristia; força e sustento em nossa caminhada.

Em Belisário:


Em Rosário da Limeira:






quarta-feira, 22 de junho de 2011

Será que o Brasil precisa de Belo Monte? Hidreletrica de Belo Monte - Impactos Ambientais


O texto abaixo discute os possíveis impactos ambientais da construção da Hidrelétrica de Belo Monte (terceira maior hidrelétrica do mundo) no Pará.
Vale a pena ler e se inteirar da questão sobre todos os seus aspectos, que são muito bem esclarecidos pelos autores. A informação de qualidade é essencial para a tomada de decisões seguras.
Será que o Brasil precisa de Belo Monte?

CI-Brasil (Ong Conservation International – Brazil) divulga posicionamento sobre hidrelétrica; a ONG trabalha com índios Kayapó há mais de 18 anos.

Contexto: O projeto ressurge como uma obra estratégica, apresentada por meio de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) de mais de 20 mil páginas, como a possível terceira maior hidrelétrica do mundo, perdendo apenas para a usina Três Gargantas (China) e para Itaipu (Brasil-Paraguai).

A hidrelétrica de Belo Monte propõe o barramento do rio Xingu com a construção de dois canais que desviarão o leito original do rio, com escavações da ordem de grandeza comparáveis ao canal do Panamá (200 milhões m3) e área de alagamento de 516 km2, o equivalente a um terço da cidade de São Paulo.

Questão energética: A UHE de Belo Monte vai operar muito aquém dos 11.223 MW aclamados pelos dados oficiais, devendo gerar em média apenas 4.428 MW, devido ao longo período de estiagem do rio Xingu, segundo Francisco Hernandes, engenheiro elétrico e um dos coordenadores do Painel dos Especialistas, que examina a viabilidade da usina. Em adição, devido à ineficiência energética, Belo Monte não pode estar dissociada da ideia de futuros barramentos no Xingu. Belo Monte produzirá energia a quase 5.000 km distantes dos centros consumidores, com consideráveis perdas decorrentes na transmissão da energia.

Esse modelo ultrapassado de gestão e distribuição de energia a longas distâncias indica que o governo federal deveria planejar sua matriz energética de forma mais diversificada, melhor distribuindo os impactos e as oportunidades socioeconômicas (ex.: pequenas usinas hidrelétricas, energia de biomassa, eólica e solar) ao invés de sempre optar por grandes obras hidrelétricas que afetam profundamente determinados territórios ambientais e culturais, sendo que as populações locais, além de não incluídas nos projetos de desenvolvimento que se seguem, perdem as referências de sobrevivência.

Questão ambiental: A região pleiteada pela obra apresenta incrível biodiversidade de fauna e flora. No caso dos animais, o EIA aponta para 174 espécies de peixes, 387 espécies de répteis, 440 espécies de aves e 259 espécies de mamíferos, algumas espécies endêmicas (aquelas que só ocorrem na região), e outras ameaçadas de extinção. O grupo de ictiólogos do Painel dos Especialistas tem alertado para o caráter irreversível dos impactos sobre a fauna aquática (peixes e quelônios) no trecho de vazão reduzida (TVR) do rio Xingu, que afeta mais de 100 km de rio, demonstrando a inviabilidade do empreendimento do ponto de vista ambiental. Segundo os pesquisadores, a bacia do Xingu apresenta significante riqueza de biodiversidade de peixes, com cerca de quatro vezes o total de espécies encontradas em toda a Europa. Essa biodiversidade é devida inclusive às barreiras geográficas das corredeiras e pedrais da Volta Grande do Xingu, no município de Altamira (PA), que isolam em duas regiões o ambiente aquático da bacia. O sistema de eclusa poderia romper esse isolamento, causando a perda irreversível de centenas de espécies.

Outro ponto conflituoso é que o EIA apresenta modelagens do processo de desmatamento passado, não projetando cenários futuros, com e sem barramento, inclusive desconsiderando os fluxos migratórios, que estão previstos nos componentes econômicos do projeto, como sendo da ordem de cerca de cem mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos.

Questão cultural e impactos da obra sobre as populações indígenas: O projeto tem desconsiderado o fato de o rio Xingu (PA) ser o ‘mais indígena’ dos rios brasileiros, com uma população de 13 mil índios e 24 grupos étnicos vivendo ao longo de sua bacia. O barramento do Xingu representa a condenação dos seus povos e das culturas milenares que lá sempre residiram.

O projeto, aprovado para licitação, embora afirme que as principais obras ficarão fora dos limites das Terras Indígenas, desconsidera e/ou subestima os reais impactos ambientais, sociais, econômicos e culturais do empreendimento. Além disso, é esperado que a obra intensifique o desmatamento e incite a ocupação desordenada do território, incentivada pela chegada de migrantes em toda a bacia e que, de alguma forma, trarão impactos sobre as populações indígenas.

Como já exposto, o Trecho de Vazão Reduzida afetará mais de 100 km de rio e isso acarretará em drástica redução da oferta de água. Os impactos causados na Volta Grande do Xingu, que banha diversas comunidades ribeirinhas e duas Terras Indígenas – Juruna do Paquiçamba e Arara da Volta Grande, ambas no Pará -, serão diretamente afetadas pela obra, além de grupos Juruna, Arara, Xypaia, Kuruaya e Kayapó, que tradicionalmente habitam as margens desse trecho de rio. Duas Terras Indígenas, Parakanã e Arara, não foram sequer demarcadas pela Funai. A presença de índios isolados na região, povos ainda não contatados, foram timidamente mencionados no parecer técnico da Funai, como um apêndice.

A noção de afetação pelas usinas hidrelétricas considera apenas áreas inundadas como “diretamente afetadas” e, por conseguinte, passíveis de compensação. Todas as principais obras ficarão no limite das Terras Indígenas que, embora sejam consideradas como “indiretamente afetadas”, ficarão igualmente sujeitas aos impactos físicos, sociais e culturais devido à proximidade do canteiro de obras, afluxo populacional, dentre outros. O EIA desconsidera ou subestima os riscos de insegurança alimentar (escassez de pescado), insegurança hídrica (diminuição da qualidade da água com prováveis problemas para o deslocamento de barcos e canoas), saúde pública (aumento na incidência de diversas epidemias, como malária, leishmaniose e outras) e a intensificação do desmatamento, com a chegada de novos migrantes, que afetarão toda a bacia.

Polêmicas: O processo de licenciamento da UHE Belo Monte tem sido cercado por polêmicas, incluindo ausência de estudos adequados para avaliar a viabilidade ambiental da obra, seu elevado custo, a incerteza dos reais impactos sobre a biodiversidade e as populações locais, a ociosidade da usina durante o período de estiagem do Xingu, e a falta de informação e de participação efetiva das populações afetadas nas audiências públicas.

No final de dezembro de 2009, os técnicos do Ibama emitiram parecer contrário à construção da usina (Parecer 114/09, não publicado no site oficial), onde afirmam que o EIA não conseguiu ser conclusivo sobre os impactos da obra: “o estudo sobre o hidrograma de consenso não apresenta informações que concluam acerca da manutenção da biodiversidade, a navegabilidade que garante a segurança alimentar e hídrica das populações do trecho de vazão reduzida (TVR) e os impactos decorrentes dos fluxos migratórios populacionais, que não foram dimensionados a contento”. A incerteza sobre o nível de estresse causado pela alternância de vazões não permite inferir com segurança sobre a manutenção dos estoques de pescado e das populações humanas que desses dependem, a médio e longo prazos. Ainda segundo o parecer técnico, para “a vazão de cheia de 4.000m3/s, a reprodução de alguns grupos de peixes é apresentada no estudo como inviável”, ou seja, o grau de incerteza denota um prognóstico extremamente frágil.

No início deste ano (01/02/10), o governo federal anunciou a liberação da licença prévia para a construção da UHE Belo Monte sob 40 condicionantes, nem todas esclarecidas. A licença foi liberada num tempo recorde e o leilão, que deveria acontecer em abril, foi adiantado para o início de março deste ano. Como a única voz dissonante, o ministro do Meio Ambiente enfatizou a concessão de R$1,5 bilhão como medidas mitigatórias ao projeto, um valor relativamente pequeno em relação ao custo estimado da obra (R$30 bilhões) e incerto para os impactos que ainda se desconhece.

Vale lembrar que uma bacia e seus povos repletos de história e diversidade social, ambiental e cultural nunca terão preço capaz de compensar tamanha riqueza.

Fonte: Resumido de Envolverde/SOS Mata Atlântica

© Copyleft – É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída

domingo, 19 de junho de 2011

Igreja Católica anuncia que vai colher assinaturas contra novo Código Florestal

Na sexta-feira, dia 17,  a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) anunciou que a Igreja Católica poderá mobilizar suas 12 mil paróquias para fazer circular um abaixo-assinado contra o projeto do novo Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado Federal.

Disse, também, que pretende criar um fórum com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente contrários às mudanças propostas na lei.

O Conselho Permanente da CNBB divulgou nota contra a flexibilização do uso de áreas de preservação permanente (APP) e contra a anistia das multas e penalidades a quem desmatou, estabelecidas no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O documento convoca os católicos “a participar do processo de aperfeiçoamento do Código Florestal, mobilizando as forças sociais e promovendo abaixo-assinados contra a devastação”. Segundo a CNBB, as decisões referentes ao código não podem ser motivadas por uma lógica produtivista que não leva em consideração a proteção da natureza, da vida humana e das fontes da vida. "Não temos o direito de subordinar a agenda ambiental à agenda econômica”, diz ainda a nota da CNBB.

No ano passado, a participação da Igreja Católica viabilizou o recolhimento de mais de 1 milhão de assinaturas em favor da Lei da Ficha Limpa aprovada pelo Congresso Nacional. Com a mobilização de agora, a CNBB espera ser ouvida na discussão do novo código. “Não queremos nos furtar a participar da melhoria do texto”, disse aos jornalistas o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner.

Além de destacar a importância de participar das discussões, o bispo disse esperar que Senado convoque a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para debater a proposta. No mês passado, a SBPC apresentou ao Congresso Nacional e ao governo federal um estudo preliminar sobre as consequências da mudança do código no aumento do desmatamento.

“Eu espero ser convidada para o debate. Já estamos com a apresentação pronta”, disse à Agência Brasil a presidente da SBPC, a bioquímica Helena Nader.

Ela informou que a presidência do Senado não acatou nenhuma das sugestões encaminhadas pela SBPC em carta, como, por exemplo, a proposta de que a Casa inclua a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) na discussão do projeto do novo código.

O projeto tramita entre as comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A CNBB também divulgou nota sobre a violência na Amazônia, mencionando o assassinato de quatro camponeses, recentemente, nos estados do Pará e de Rondônia, que foi associado a conflitos agrários e ambientalistas. “As ameaças [aos camponeses mortos] já eram de conhecimento das autoridades competentes, Infelizmente, pouco foi feito para proteger estas famílias”, diz a nota da CNBB.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-17/igreja-catolica-anuncia-que-vai-colher-assinaturas-contra-novo-codigo-florestal

Leia na íntegra a Nota da CNBB no seguinte endereço: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/sala-de-imprensa/notas-e-declaracoes/6875-nota-da-cnbb-sobre-o-codigo-florestal

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Festa de Santo Antônio em Belisário

A Trezena de Santo Antônio, ocorrida em Belisário, foi um grande sucesso. Há anos a localidade não via uma festa tão animada. Vários padres vieram para celebrar, muitas comunidades se fizeram presentes animando a liturgia, muitos leilões...
Um animado forró varou a noite do dia 12 para 13.
A participação dos paroquianos de Belisário foi intensa. Praticamente todo mundo ajudou em alguma coisa. Foi um verdadeiro mutirão...
Que Santo Antônio abençoe ainda mais esta paróquia!

terça-feira, 14 de junho de 2011



A Família Franciscana do Brasil (FFB), o Serviço Interfranciscano de Justiça, paz e Ecologia (SINFRAJUPE) e a Franciscans International (FI) realizaram, na Casa Central das Irmãs Sacramentinas, em Belo Horizonte, de 10 a 12 de junho, um Seminário, sobre Monitoramento dos Compromissos Brasileiros em Direitos Humanos e a Rio+20 ; Cúpula dos Povos.

Nossa fraternidade esteve presente neste evento. O postulante Weisller Jefferson representou-nos.



Temáticas abordadas no encontro:
a. Mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU) do Conselho de DireitosHumanos da ONU, o qual o Brasil deverá apresentar relatório em 2012 (o primeiro foi em 2008);
b. Revisão do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), instrumento que as organizações de direitos humanos usam para pressionar o governo federal.
c. Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambientes -Rio+20, que será realizada de 4 a 6 de junho 2012, vinte anos depois da ECO92, no Rio de Janeiro;
d. Cúpula dos Povos, atividade da sociedade civil mundial, que será realizada paralelamente à Rio+20, também na cidade do Rio de Janeiro.
e. SINFRAJUPE.

a. RPU – Revisão Periódica Universal.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas criou, em junho de 2007, o “Mecanismo de Revisão Periódica Universal”, um novo instrumento para acompanhamento daimplementação dos Direitos Humanos pelos 192 Estados Membros da ONU (Organização das Nações Unidas). O mecanismo consiste no diálogo construtivo entre Estados, Sociedade Civil e Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, que apresentam relatórios, a cada quatro anos (48 Estados são revistos a cada ano, durante três sessões dedicadas ao UPR 16 membros cada), os quais avaliam o estágio atual de cumprimento das obrigações internacionais assumidas em direitos humanos. O resultado de cada exame é refletido em um "relatório de resultados", listando as recomendações feitas ao “Estado em Revisão” (SUR em inglês), incluindo aquelas que são aceitas e que devem ser executadas, antes de na próxima revisão. A RPU é um processo de
círculo completo, composto por três fases principais:

 Revisão da situação dos direitos humanos do “Estado em Revisão” (Sur)

 Implementação entre duas revisões (cada quatro anos) das recomendações aceitas, promessas voluntárias e compromissos pelo Estado em Revisão (Sur)

 Relatório na próxima revisão sobre a aplicação dessas recomendações e compromissos e sobre a situação dos direitos humanos no país desde a última revisão

O Brasil apresentou seu relatório, pela primeira vez, na sessão do Conselho, composta por 47 países, que acontece entre 7 e 18 de abril de 2008. O documento foi elaborado sob a coordenação conjunta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e do Ministério das Relações Exteriores. Envolveu ainda órgãos do governo federal
que desenvolvem atividades relacionadas ao tema. Embora se trate de um relatório estatal, houve consultas à sociedade civil para a troca de impressões e compartilhamento de expectativas e sugestões ao longo do processo de construção do texto. O Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU analisou o relatório oficial sobre o Brasil dentro do processo de Revisão Periódica Universal (RPU, ou UPR por sua sigla em inglês) e elaborou15 recomendações, que foram aceitas publicamente pelo Brasil. Dentre essas 15, destacam-se: a adoção de medidas concretas para aprimorar as condições do sistema prisional e a implementação das recomendações feitas pelo Comitê de Tortura e Comitê de Direitos Humanos da ONU; o aumento dos esforços contra o abuso de poder e o uso excessivo da força policial; a intensificação das ações para garantir a segurança dos defensores de direitos humanos e estabelecer uma instituição nacional de direitos humanos conforme previsto pelos Princípios de Paris adotados pela ONU em 1993. Além disso, os Estados recomendaram ao Brasil a execução de políticas de reforma agrária, com ênfase na titulação de terras de afrodescendentes e a federalização do exame de graves abusos de direitos humanos.

Em 2012, o Brasil apresentará novo relatório, no mecanismo do RPU, baseado nas recomendações do Conselho de Direitos Humanos da ONU, mostrando os avanços na implementação dessas mesmas recomendações. Cabe à sociedade civil brasileira contribuir nesse processo. Organizações da sociedade civil também apresentarão um relatório paralelo, a partir das 15 recomendações feitas ao Brasil pelo CDH da ONU.

ENCAMINHAMENTOS:

Iremos participar como SINFRAJUPE/FI, em articulação com movimentos e organizações sociais da sociedade civil brasileira, enviando para o escritório de FI em Genebra, um relatório, baseado em uma das recomendações que o CDH ONU, fez ao Brasil. Esse relatório irá para o CDH ONU, para a compilação das contribuições dos interessados. Para isso iremos decidir qual recomendação vamos nomear, bem como, com qual outra ONG franciscana local, apresentaremos o nosso relatório, para que possamos ter um texto de 10 páginas. A Assembleia do SINFRAJUPE de setembro de 2011 dará legitimidade a esse processo.

b. PIDESC

O Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1966, juntamente com o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, com o objetivo de conferir obrigatoriedade aos compromissos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desta forma, passou a haver responsabilidade internacional dos Estados signatários em caso de violação dos direitos consagrados pelo Pacto. Esses Pactos foram ratificados pelo Brasil, só em 24 de janeiro de 1992.

A situação desses direitos vem sendo acompanhada pela sociedade civil brasileira, através de suas diversas organizações que atuam na luta em defesa e pela promoção dos direitos humanos, desde o ano 2001, que elabora relatórios de avaliação sobre o grau de sua implementação, e as dificuldades para fazê-lo. Para isso foi criada a Plataforma Dhesca Brasil, que é uma articulação nacional de 36 movimentos e organizações da sociedade civil que desenvolve ações de promoção, defesa e
reparação dos Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca), visando o fortalecimento da cidadania e a radicalização da democracia. A Plataforma Dhesca Brasil compõe a coordenação do Projeto Monitoramento em Direitos Humanos no Brasil (juntamente com o PAD, parceiros do Misereor e MNDH), que articula a construção do Contrainforme da Sociedade Civil sobre o Cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC). Redigido a partir de consultas públicas organizadas em todo o território nacional, esse relatório é o principal instrumento de pressão sobre o governo brasileiro frente ao Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das
Nações Unidas quanto à implementação do PIDESC nas políticas públicas do Brasil.

Serão realizadas em todo Brasil oficinas estaduais, até agosto de 2011. Isso requer que no âmbito dos Estados haja mobilização e articulação para a sua realização. Como metodologia já acumulada e definida nos termos de referência a ideia é que em cada Estado tenhamos organizações responsáveis pela coordenação da atividade da oficina. Em Minas Gerais, uma ONG franciscana, filiada ao MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos), a AFES (Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade) com sede em Uberlândia, está encarregada de facilitar o processo

ENCAMINHAMENTOS:

 Iremos participar, em articulação com movimentos e organizações sociais da sociedade civil brasileira, das oficinas estudais de monitoramento do PIDESCA. É tarefa nossa nos integrar a partir de nossas organizações franciscanas locais, desse processo nos estados. Também é tarefa nossa, buscar filiar nossas organizações ao MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos).

 O SINFRAJUPE ficará como referência na concentração das informações e articulação de nossas participações, recebendo e repassando informes.

 Esse tema será aprofundado na Assembleia do SINFRAJUPE de setembro de 2011.



c. Conferencia das Nações Unidas - Rio+20

O Rio de Janeiro sediará, de 4 - 6 de junho de 2012 a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (UNCSD sigla em inglês). A chamada Rio+20 está sendo organizada em conformidade com a Resolução da Assembleia Geral 64/236 (A/RES/64/236). Para marcar o 20º aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) realizada no Rio de Janeiro em 1992, e o 10º aniversário da Cúpula Mundial de 2002 sobre o Desenvolvimento Sustentável (WSSD) realizada em Johanesburgo. Prevê-se uma conferência, incluindo chefes de Estado e de Governo ou outros representantes. Dessa Conferência resultará um documento com foco
político.

O objetivo da Conferência é o de garantir um compromisso político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso alcançado e as lacunas na implementação dos resultados das conferências de cúpula importantes de desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios novos e emergentes.

Essa Conferência incidirá sobre dois temas: (a) uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza e (b) o enquadramento institucional para o desenvolvimento sustentável. Essa Conferência incidirá sobre dois temas: (a) uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza e (b)
o enquadramento institucional para o desenvolvimento sustentável.

O processo oficial rumo a Rio+20, conta de três reuniões preparatórias, duas já realizadas, uma em maio de 2010, e outra em março 2011 e uma terceira, imediatamente antes da conferência em si. Além disso, também foi decidido que três reuniões intermediárias terão lugar: das quais duas já aconteceram em 2010, e a terceiro não mais que oito semanas antes da Conferência. O objetivo destas reuniões preparatórias é o de discutir questões substantivas e processuais, em preparação para a Conferência.

Um processo inclusivo de preparação já começou a ocorrer envolvendo vários interessados em diferentes níveis. Este processo é orientado para a obtenção de um resultado que se pretende contribuir para o avanço da meta do desenvolvimento sustentável.

Os Estados-membros eleitos na primeira reunião Comissão Preparatória, em maio 2010, formaram um gabinete de 10 membros (2 representantes de cada região) e o Brasil como membro "ex-officio" para orientar o processo preparatório e decidir sobre o roteiro e a organização do trabalho do processo preparatório.

O Subsecretário-Geral dos Assuntos Econômicos e Sociais foi escolhido como o secretáriogeral da Conferência. Para apoiar o Bureau e o Secretário-Geral da Conferência na condução do processo preparatório, uma secretaria foi criada dentro do Departamento das Nações Unidas de Assuntos Econômicos e Sociais. O Secretário-Geral da Conferência em suas
funções é apoiado por dois coordenadores executivos e uma equipe de assessores especiais.

O trabalho da Secretaria é organizado em cinco polos. O documento final dessa Conferência com foco político, já está sendo construído. O Bureau da Rio 2012 oferece oportunidades a todos os interessados para participar e influenciar no
documento final. Em uma decisão única, a ONU convidou todos os interessados - governos, agências internacionais e sociedade civil, para contribuir em um documento de trabalho que será a base para o documento final da Conferência.
O chamado esboço de Zero (zero draft) do documento é apenas um termo técnico para o documento que será tornado público no início de Janeiro de 2012 e que constituirá a base das negociações que antecederam a documento final da Rio + 20. Todas as contribuições de todos os interessados devem ser enviadas à ONU para a UN DESA (UNDESA, o Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais que é a secretaria oficial para o processo preparatório para o Rio + 20) até 01 de novembro de 2011. Essas contribuições serão recolhidas, lidas e analisadas e, finalmente, reunidas em um documento de compilação. De presente o Projeto Zero do documento será composto, e esse documento que será a base para as negociações a partir de fevereiro, durante o primeiro “Informal informalidade”. Todos os interessados podem realmente contribuir, contudo no final apenas os credenciados ao processo do Rio terão a oportunidade de seguir o documento formalmente até ao fim.

ENCAMINHAMENTOS:

 É tarefa urgente que todos aprofundem de forma crítica o tema da Economia Verde, na perspectiva da justiça ambiental, dentro das dimensões de justiça, paz e ecologia.

 Iremos participar, em articulação com movimentos e organizações socioambientais brasileiras das contribuições ao esboço zero, a serem enviadas para a UN DESA.

 A nossa (SINFRAJUPE) contribuição se dará no campo da economia verdade.

 Nossa contribuição irá para a FI em Nova Iorque, no dia 19 de setembro.

 Essa contribuição será apresentada por escrito, seguindo o formato da ONU, na Assembleia do SINFRAJUPE de setembro de 2011, para aprovação.

d. Cúpula dos Povos

Há 20 anos, organizações e movimentos da sociedade civil brasileiros, apoiados por movimentos e redes internacionais, promoveram o Fórum Global 92, um real fórum global da cidadania, que deu espaço e visibilidade aos atores sociais no debate e no controle social dos temas então emergentes da RIO-92. Esta época marcou o início de um ciclo de Conferencias
da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, fruto dos alertas e das demandas de um movimento socioambiental que se tornara planetário. O evento oficial da Rio+20, propõe-se debater a economia verde e a governança internacional para o desenvolvimento sustentável. Está mais que na hora para que sistemas econômicos incorporem princípios, valores e instrumentos que assegurem a justiça e equidade social e a sustentabilidade e integridade ambiental. Há o risco de transformação da pauta do desenvolvimento sustentável em uma etapa de reinvenção do sistema econômico dominante, que aposta apenas nas oportunidades de mercado e agrava as causas estruturais da degradação ambiental e das desigualdades sociais, há também a emergência de um novo paradigma.
Neste sentido, foi criado o Comitê Facilitador Brasileiro Associação Brasileira de ONGs (ABONG), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS), Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo Fórum Social Mundial (GRAP), Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (REBRIP), Rede Brasil Sobre Instituições Financeiras Multilaterais.) para envolver diversas redes e movimentos sociais e ambientais do país, da região e do mundo para fazer da Rio+20:
 uma oportunidade para processos locais, setoriais, nacionais e globais de formação e reflexão política: para fazer da Rio+20 um ponto de culminância deste processo, que deverá seguir no fortalecimento de um movimento de transformação social mais amplo;
 um evento-processo com identidade própria: para destacar o papel dos diversos grupos da sociedade civil e dos povos do planeta, suas lutas por direitos e por justiça social e ambiental e fortalecer dinâmicas de cooperação, organização
plural, unidade e integração entre as diversidades da sociedade civil;
 um momento de fortalecimento das lutas socioambientais: para mostrar os desafios da cidade do Rio de Janeiro como território de lutas, conflitos e sonhos, e que está sendo laboratório de grandes intervenções para as Olimpíadas
de 2016 e Copa do Mundo 2014.
 uma grande oportunidade de mobilização da sociedade: para debater, construir ações e levar a Rio+20 a uma mudança de paradigma visando a efetivação do desenvolvimento sustentável.

O Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 chama as organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares de todo o Brasil e do mundo para participar do processo que culminará na realização, em junho de 2012, do evento autônomo e plural, provisoriamente denominado Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental,
paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD).

ENCAMINHAMENTOS:

 A executiva do SINFRAJUPE (Ana Maria Lemos, Irmã Ana Maria Soares e Frei Rodrigo Peret) ampliada com a presença do Frei Adelmo, irão participar do primeiro seminário preparatório desta Cúpula dos Povos, nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho de 2011, na cidade do Rio de Janeiro.

 O SIFRAJUPE se encarregará de colaborar com a parte de logística, para a nossa presença em 2012, no Rio de Janeiro.

 O SINFRAJUPE se encarregará de articular com JPIC (em nível internacional) para nossa participação na Cúpula dos Povos.

 O SINFRAJUPE articulará em conjunto com JPIC (em nível internacional), um evento, ou seja uma Conferencia, na Cúpula dos Povos. Sugerimos o Tema Justiça AmbientalxEconomia Verde.

 No âmbito de nossas entidades da família franciscana, no campo da evangelização, vamos atualizar e editar a Eco trezena de Santo Antonio. (A Rio+20 acontecerá em junho).

 Realizar seminários e debates sobre economia verde, buscando uma leitura crítica e diálogo com a academia e movimentos socioambientais.

 Solicitar aos nossos teólogos que escrevam sobre o tema da economia verde dentro da perspectiva franciscana de justiça, paz e ecologia.

 Na Assembleia do SINFRAJUPE de setembro de 2011, aprofundar e discutir o tema, nossa participação e organizar equipes.

e. SINFRAJUPE

Nos últimos anos os desafios encontrados pelo SINFRAJUPE são enormes. Desde 2008 o SINFRAJUPE se desarticulou e nem mesmo conseguiu realizar a sua VII Assembleia, que estava marcada para 2009. A equipe executiva do SINFRAJUPE, eleita em 2006, em seus contatos com franciscanos e franciscanos engajados nos serviços de JPE, concluiu que há
necessidade de uma reestruturação geral do SINFRAJUPE. É urgente a busca de novas formas de organização do serviço, para responder aos desafios do mundo atual junto ao trabalho francisclareano de justiça, paz e ecologia.Para isso, desde 2009, a equipe executiva vem tentando realizar uma Assembleia, com os seguintes objetivos:

 Fortalecer as dimensões da justiça, paz e ecologia, em nível de Brasil, no âmbito das entidades franciscanas e da sociedade civil brasileira, numa perspectiva francisclareana.
 Articular franciscanos, franciscanas e simpatizantes envolvidos na animação e em trabalhos diretos no campo da justiça, paz e ecologia.
 Buscar novas formas de responder aos desafios de JPE no Brasil de hoje, buscando formas mais eficazes de articulação e de presença, em parceria com movimentos e organizações da sociedade civil.
 Refletir, avaliar e planejar o nosso serviço de JPE, revendo a organização do SINFRAJUPE.
 Assumir o papel de articulação das iniciativas da família franciscana, no campo da justiça, paz e ecologia.
 Dar visibilidade às dimensões de justiça, paz e ecologia, de nosso carisma, na Rio+20 e na Cúpula dos povos.

. ENCAMINHAMENTOS:

 Realização da VII Assembleia Nacional do SINFRAJUPE, de 15 a 18 de setembro de 2011, em São Paulo, SP.

 Tema da Assembleia: “Não Perca de Vista Seu Ponto de Partida!”

 A pauta terá como assuntos:

o Revitalização e reestruturação do SINFRAJUPE

o Rio+20 e Cúpula dos Povos

o Contra Informes e Relatórios da Sociedade Civil (PIDESCA e RPU)

Serviço Interfranciscano de Justiça Paz e Ecologia

.

Saudações de Paz e bem, Belo Horizonte, (MG) 12 de junho de 2011

Frei Rodrigo de Castro Amédée Péret, OFM

(p/executiva do SINFRAJUPE)
 

Preservando a Mata Atlântica


130 milhões de equitares é o que restou da Mata Atlântica no Brasil. Rosário da Limeira é um dos municípios que conserva grande parte de seu território coberto por este rico bioma. 80% da Mata Atlântica do Brasil está em propriedade particular. Em nosso município está sendo desenvolvido um importante trabalho para a criação de Reservas Particulares.
A Rede Minas apresentou um programa sobre a Mata Atlãntica, no qual apresenta exemplos de preservação que acontecem aqui em Rosário da Limeira, como por exemplo, o trabalho desenvolvido pela Iracambi. Vale à pena assitir. Click no link e assista a este vídeo que tem muito a ver com nossa espiritualidade franciscana.

domingo, 12 de junho de 2011

Encontro de Música Litúrgica

Aconteceu, em Rosário da Limeira, no dia 11 de junho, o I Encontro de Música Litúrgica da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Animadores litúrgicos de várias comunidades participaram do evento, que foi marcado por muita alegria e discontração, pois "quem canta, seus males espanta".




A Imagem de Santo Antônio

Nossa Paróquia de Santo Antônio, em Belisário-MG, está em festa. Amanhã, 13 de junho, é o dia do Santo.
Faz parte da tradição católica representar seus santos em imagens. De Santo Antônio há uma diversidade de representações. Extraímos do  "Santo Antônio, a realidade e o mito", de Carmen Sílvia Machado Galvão e Antônio Mesquista Galvão, da Editora Vozes, um breve texto que fala dos ícones do santo.




Iconografia antoniana


Do grego, ícone (eicón) traz consigo uma idéia de imagem, representação de uma coisa sagrada. Iconografia, como derivada, é a ciência que caracteriza o estudo, a descrição e os conhecimentos de imagens.

Há, de certa forma, na palavra um relativo equívoco, uma vez que ícone é uma representação plana (quadro) e não tridimensional (imagem). Mas como modernamente iconografia é a ciência dos quadros e imagens sacras, vamos lá. Quase como sinônimo, temos a palavra iconologia.

Toda imagem, toda obra de arte, tem em si uma leitura, feita através de atributos e sinais identificadores. Essa leitura pode mudar de acordo com os tempos, os enfoques históricos e a interposição de ciências particulares.

O artista coloca suas palavras através da obra de arte que ele cria. O público, através dos tempos, estabelece critérios de leitura e releitura das obras de arte, sejam elas mundanas ou sacras.

Os símbolos favorecem a hermenêutica, a leitura interpretativa de uma imagem. Os atributos detalham a simbologia. A iconografia de Santo Antônio - pinturas, estátuas e outras expressões artísticas - apresenta grande variedade e riqueza e propicia uma leitura muito ampla da vida e da santidade do retratado.

Olhando as imagens, santinhos e quadros mais conhecidos, nota-se logo a incidência de alguns traços e símbolos que permitem a diferenciação. Como sabemos a diferença, por exemplo, entre São Jorge e São José?

A iconografia nos dá muitas pistas: um aparece vestido de guerreiro, montado a cavalo, combatendo um dragão. O outro é representado por um homem idoso, com o menino Jesus no colo, e geralmente portando um lírio ou um bastão de peregrino. Uma breve visão iconográfica nos possibilita a identificação.

A iconografia é, sem dúvida, uma bela e significativa expressão da religiosidade popular. O povo cria suas imagens, onde o homenageado é quase sempre jovem, belo, transpira santidade e veste-se, quando não ricamente, pelo menos de modo bem apurado.

É a representação, por exemplo, em imagens de Nossa Senhora, onde ela aparece ricamente vestida, com jóias e coroa de ouro na cabeça. O imaginário popular exacerba-se na representação devocional.

A iconografia inspira a evolução de religiosidade. Nessa práxis, os devotos apreciam mais olhar a imagem ou o santinho, do que ler a biografia ou estudar os escritos ou discursos do santo homenageado.

Na verdade, por uma leitura correta dos símbolos e atributos de uma imagem, podem-se estabelecer alguns traços da biografia de um santo.

Para avançar, vejamos a diferença entre símbolos e atributos, em iconografia.

Os símbolos dão a idéia geral da imagem e alguns critérios de interpretação. Por exemplo, na imagem de Santo Antônio, há símbolos de santidade, pertença à Ordem Franciscana, eleição divina e indicação de que foi pregador.

Esses símbolos, santidade, eleição, pregador e franciscano, são mais ou menos universais e imutáveis. Os atributos, que os caracterizam, o lírio, o menino, a Bíblia e o hábito são mutáveis e sujeitos, a cada época, a um tipo de leitura.

Vejamos os atributos:

a) O hábito franciscano - É um atributo que aparece desde a primeira hora e sempre serviu como mesma chave-de-leitura: quer dizer que ele foi franciscano. No século XV apareceram algumas breves representações que mostravam o santo com um hábito cinza, dos penitentes ou mendicantes; o corte tonsurado do cabelo tem o mesmo significado.

b) O livro (o atributo mais antigo) - Representa o Evangelho e a sabedoria de Antônio, primeiro mestre de Teologia da Ordem dos Frades Menores e doutor da Igreja. Lembra o pregador que arrebatava as multidões com as palavras do Evangelho. Por sua sabedoria bíblica, o Papa Gregório IX chamou-o de "Armário (Arca) do Testamento".

c) O menino - O menino é visto em três tipos de representação:

1. Em cima do livro: em geral aparece sobre o livro aberto que o santo tem na mão, em gesto de quem abençoa, ou, usando um gesto de origem grega, com os dedos médio e indicador levantados, juntos, como a chamar a atenção para alguém que vai falar (no caso, o santo, pregando); pode representar a visão presenciada pelo Conde Tiso, em sua residência; o estar em cima do livro (Bíblia) evoca a característica de Frei Antônio como pregador do Verbo encarnado; o menino, segundo algumas fontes, nos primeiros tempos, não seria Jesus, mas as crianças, por quem o santo tinha enorme predileção; numa obra de El Greco, o menino (Jesus) aparece como brotando das páginas do livro, onde Antônio mostra a revelação do Verbo.
2. No colo do santo: em outras representações, o livro aparece de lado, e o menino Jesus está no colo de Antônio, numa atitude de extraordinária familiaridade, acariciando-lhe o rosto.
3. Sendo mostrado ao santo, pela Virgem Maria: Um quadro (reproduzido em alguns "santinhos", mostra a Virgem apresentando o Filho à adoração de Antônio).

d) O lírio - O lírio é um símbolo-atributo que aparece nas representações artísticas após o século XV e se toma popularíssimo; tem dois significados: o mais antigo remete a Pádua; o lírio é a flor da estação na qual Antônio morreu; é a flor do campo, ornamental, perfumada,medicinal e frágil. O outro significado simbólico, posterior ao primeiro, refere-se à pureza, à castidade, à pobreza e ao vigor do testemunho de vida, na entrega do coração virginal a Deus. Há ainda um terceiro atributo, paralelo: a natureza, mostrada, pelos franciscanos, como sinal de Deus.

e) A cruz na mão - A cruz na mão (do século XVI) pode significar duas coisas: o espírito missionário do santo, ou, seu desejo de tomar-se um mártir da fé.

f) Os pés desencontrados - Se observarmos as imagens de Santo Antônio, veremos que seus pés não estão um ao lado do outro, mas um mais à frente do outro; trata-se de um indicativo de "em marcha", "a caminho", atitude que sempre caracterizou seu trabalho missionário.

g) A fisionomia adolescente - O rosto jovem, alegre e belo é consequência, como já vimos, daquela perfeição que a religiosidade popular passa à arte, relativamente aos santos e bem-aventurados; significa, também, a jovialidade do espírito do cristão.

h) O pão - Em certas obras de arte antigas (século XVI-XVII) vê-se o santo distribuindo o "pão dos pobres"; esse atributo é o mais recente; apareceu em Messina, na Sicília, em meados do século XIX, durante uma época de fome.

i) A chama - A chama de fogo que aparece em alguns ícones, especialmente orientais, simboliza o amor divino, o zelo e a paixão do santo por Jesus e seu Evangelho.

j) A nogueira - Esta é uma representação não muito conhecida; pouco antes de morrer, com falta de ar, Frei Antônio pediu que armassem sua cela no topo de uma nogueira frondosa, possivelmente nas propriedades do Conde Tiso. O santo já estava doente; falam em hidropisia e asma; há quem suspeite de obesidade ("adquirira certa corpulência...") e diabetes; ali, além da altura (que proporcionava o ar fresco), o odor das resinas da árvore mantinha-o defendido dos mosquitos; pois mesmo ali vinha gente ouvir sua palavra. Uma pintura renascentista mostra o santo em cima da árvore, pregando ao povo, sentado, com a Bíblia na mão, como se estivesse numa cátedra, tendo, abaixo de si, São Boaventura, na época, o coordenador geral dos franciscanos; o estar na árvore é figura do desprender-se da vida terrena, já que o santo estava nos últimos dias de vida.

l) O terço - Para explicitar que Santo Antônio era um homem de oração, a iconografia do século XVI representou-o com um terço pendurado à cintura. O terço foi criado por São Domingos de Guzman (f 1221), utilizando antigos modelos orientais.

Há vários aspectos da vida, das pregações e dos milagres de Santo Antônio constantes de sua iconografia. O "sermão aos peixes", em Rimini, o "coração do avarento dentro do cofre", em Florença, "a mula ajoelhada diante do Santíssimo" em Rimini, fazem parte desse emocionante acervo, criado por mestres da pintura. A morte do santo, em Arcella, e lá fora as crianças fazendo o miraculoso anúncio, está magistralmente pintada numa obra de Murillo.

A icnografia leva-nos, como foi dito, a uma leitura analítica mais atenta de todos os símbolos e atributos que a devoção popular e oficial creditaram aos santos. Iconografia é para se ver e entender, independentemente de valores estéticos. Uma obra de arte, seja um quadro sofisticado ou uma rude representação popular, não é para ser achada bonita ou feia, mas para ser entendido o seu sentido.

No caso místico, as imagens de Deus e dos santos servem para criar aquela aproximação física que nossas carências reclamam, para um ajutório de memória, e para avivar a fé, relembrando as práticas e os sacrifícios daquele que está ali retratado.

E nós, hoje? Somos daqueles que entendemos que, pelo fato de possuirmos essa ou aquela imagem em nossa casa, já temos comunhão com quem está ali representado? Há pessoas que vão à igreja, oram diante das imagens, acendem velas e esquecem-se de reverenciar a Cristo, vivo e presente ali na Eucaristia. Somos desses?

Temos formação suficiente que nos dê uma exata noção entre santidade e divindade, imagem, representação, mediação, pessoa e divindade?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aniversário de Dom Dario

Nesta quinta, dia 09 de junho, Dom Dario Campo comemora mais um aniversário. Nossa fraternidade se alegra, elevando a Deus ações de graças por este Pastor que tanto tem nos apoiado e incentivado na vivência de nosso carisma. A ele os nossos parabéns!

Espiritualidade de Santo Antônio

Santo Antônio é, sem dúvida, um dos grandes santos de nossa Igreja. Sua vida de simplicidade e serviço aos pobres, associados a seu grande conhecimento das Escrituras e qualidades de bom orador, fizeram dele um dos expoentes da Teologia católica. Seus sermões ocupam páginas importantes da espiritualidade cristã.
Apresentamos aqui alguns de seus pensamentos que podem nos ajudar a melhor celebrar seu dia, a 13 de junho.
Santo Antônio, rogai por nós!





"A vida contemplativa não foi instituída por causa da ativa, mas a vida ativa por causa da contemplativa".



"A fé se compara ao peixe. Assim como o peixe é batido pelas freqüentes ondas do mar, sem que morra com isso, também a fé não se quebra com as adversidades".



"Quem está cheio das glórias do mundo se assemelha à bexiga que, cheia de vento, parece maior do que é; basta uma picadinha da agulha da morte e se verá o pouco que é".



"Não é o temor que faz o servo nem é o amor que faz o livre; mas antes o temor é que faz o livre, o amor que faz o servo".



"Em todo o corpo do homem o diabo não encontra nenhum membro tão conveniente para ser caçado, para espiar, para enganar, como o coração, porque dele procede a vida".



"A paciência é melhor maneira de vencer".



"Quanto mais profundamente lançares o alicerce da humildade, tanto mais alto poderás construir o edifício".



"Jerusalém tinha uma porta chamada "Buraco da Agulha", pela qual não podia entrar um camelo, porque era baixa. Esta porta é Cristo humilde, pela qual não pode entrar o soberbo ou o corcunda avarento. Aquele que pretende entrar por ela tem de se humilhar".



"Maria não afugenta nenhum pecador, antes, recebe a todos os que se refugiam nela e, por isso, é chamada Mãe de Misericórdia: é misericordiosa para com os miseráveis, é esperança para os desesperados".



"O coração profundo é o coração do que ama, do que deseja, do contemplativo, do desprezador das coisas inferiores. Quando te aproximas de tal coração com passos devotos. Deus é exaltado, não em si, mas em ti; a sua exaltação é a intensidade do teu amor, é a elevação do teu espírito".



"Feliz aquele que arranca de si o coração de pedra e toma um coração de carne, capaz de se doer compungido das misérias dos pobres, de modo que a sua compaixão lhe sirva de consolo e este consolo lhe dissipe a avareza".



"Oscula com a boca a própria mão quem louva o que faz".



"Acredita o estulto no conselho da raposa, fiado em que o bem transitório e mutável seja verdadeiro e duradouro".



"Não poderás levar os fardos de outrem, se não depuseres primeiro os teus. Alivia-te primeiro dos teus, e poderás levar os fardos de outrem".



"O que o Senhor faz em nós com a nossa cooperação é maior do que tudo o que faz sem nós".



"Assim como a flor, quando espalha o odor, não se corrompe, também o verdadeiramente humilde não se eleva quando louvado pelo perfume da sua vida de bondade".



"A mentira reside na língua, o roubo na mão, as extorsões no coração".



". O insensato, como um asno, ouve somente o som da palavra divina, mas o sábio percebe-lhe a força e leva-a ao coração".



"Dizem que o filho da cegonha ama tanto o pai que, ao vê-lo envelhecer, sustenta-o e alimenta-o. Isso faz por instinto. Também nós devemos sutentar o nosso Pai nos seus membros débeis e doentes e alimenta-los nos pobres e necessitados".



"A soberba, para não ser desprezada, procura encobrir-se na preciosa humildade".



" O hipócrita se assemelha ao pavão: ao ser provocado pelas crianças, mostra o esplendor das suas penas e, quando faz rodar a cauda, descobre torpemente o traseiro".



Pensamentos extraídos do livro "Ensinamentos e Admoestações", da Editora Vozes; e "Obras Completas de Santo António de Lisboa", Editorial Restauração, Lisboa.

sábado, 4 de junho de 2011

Caminhada Ecológica

No sábado, dia 04 de junho, nossa fraternidade participou da Caminhada Ecológica que aconteceu na Serra das Aranhas, em Rosário da Limeira. Foram 6,5 Km de caminhada, onde muito se refletiu sobre a importância de preservar a natureza. Frei Gilberto falou de São Francisco, patrono da ecologia, e da atualidade de seu carisma.





quarta-feira, 1 de junho de 2011

Trezena de Santo Antônio em Belisário


01 a 13 de Junho de 2011



Tema: Justiça, paz e ecologia: caminho da vida

“Eu vos anuncio novo céu e nova terra”.

(Is 65, 17)





• Procissão as 18:30h todos os dias da Trezena e oferta de Lírios pelas crianças

• Todos os dias haverá Leilões, venda de salgados, caldos, quitutes e muito mais!

• Quadrilha e Apresentações Culturais nos finais de semana. Participem!!



01/06 - Quarta –feira: Abertura

TEMA: O Universo

“Com Santo Antônio queremos defender a criação”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Dom Dario Campos, ofm

Animação Litúrgica: Comunidade São Pedro

Convidados: Os comerciantes

Festeiros: Sr. Olindo e Antônio Folozino

_________________________________________



02/06 - Quinta-feira

TEMA: A Terra

“Com Santo Antônio queremos ser sinais de paz na terra”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Pe. Valdemar Tadeu – Fundação - Muriaé

Animação Litúrgica: Comunidade Santa Lúcia

Convidados: Os lavradores

Festeiros: Sr. Antônio Balbino e Anibal

____________________________________________



03/06 – Sexta-feira

TEMA: A água

“Com Santo Antônio busquemos proteger as nascentes”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Frei Gilberto Teixeira, fsma - Pároco

Animação Litúrgica: Comunidade São Tomé

Convidados: Apostolado da Oração

Festeiros: Sr. Nezinho e D. Geralda

___________________________________________



04/06 - Sábado

TEMA: O Ar

“Com Santo Antônio lutemos pela não poluição”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Dom Diogo Reesink, ofm

Animação Litúrgica: Comunidade Imaculada Conceição - Pirapanema

Convidados: Pastoral da Criança e Coroinhas

Festeiros: Sr. Edson e Jair Dirceu

________________________________________________



05/06 - Domingo

TEMA: Florestas, pássaros e animais

“Com Santo Antônio queremos defender a vida”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Frei Gabriel Ferreira, fsma

Animação Litúrgica: Comunidade Nossa Senhora da Glória - Itamuri

Convidados: Alunos e funcionários da Creche Maria Amélia

Festeiros: Sr. Tuti e Silvério

_______________________________________________



06/06 –Segunda -feira

TEMA: O lixo: da morte nasce à vida

“Com Santo Antônio desejamos ser sinais de ressurreição”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Pe. Antônio David Martins – Catedral de Leopoldina

Animação Litúrgica: Comunidade São Jerônimo

Convidados: Catequese

Festeiros: Sr. Nelson Jorge e Zeca Palmerindo

___________________________________________________



07/06 – Terça-feira

TEMA: A Vida Humana

“Com Santo Antônio queremos respeitar o irmão”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Mons. José Antônio Muniz – Barra - Muriaé

Animação Litúrgica: Comunidade São Domingos

Convidados: Clube Renascer

Festeiros: Sr. Orlando de Laia e José Alcides

____________________________________________________



08/06 – Quarta-feira

TEMA: A Saúde

“Com Santo Antônio buscamos qualidade de vida para todos”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Pe. Luiz Otávio Gouvêa, msc - Miradouro

Animação Litúrgica: Comunidade N. Srª de Fátima

Convidados: Profissionais da Saúde

Festeiros: Sr. José Calais e Manoel Silva

_____________________________________________________



09/06 - Quinta-feira

TEMA: Os Jovens

“Juventude: Ternura e Profecia na construção de um Mundo Novo”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Pe. Silas Geraldo – Porto - Muriaé

Animação Litúrgica: Comunidade Santa Catarina

Convidados: Alunos da Escola Pedro Vicente e Grupo de Jovens da Comunidade S. Pedro

Festeiros: D. Yolanda e Lurdinha

____________________________________________________________



10/06 - Sexta-feira

TEMA: Os frutos da Terra

“Com Santo Antônio queremos partilhar os nossos dons”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Pe. Marcelo Sérgio Barros – Dornelas - Muriaé

Animação Litúrgica: Comunidade Serrania

Convidados: Vicentinos e Congregação Mariana

Festeiros: Sr.Paulinho e Valney

________________________________________________________



11/06 – Sábado

TEMA: O Evangelho

“Com Santo Antônio comprometemos em Anunciar o Reino”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Diác. Adilson Nery – Porto - Muriaé

Animação Litúrgica: Comunidade Santa Rita - Lambari

Convidados: Artesãos Locais

Festeiros: Sr. José Domingos e Vandinho

Show

_________________________________________________________



12/06 – Domingo de Pentecostes

TEMA: A Igreja

“Com Santo Antônio queremos ser sinais vivos do Espírito Santo”

19:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Pe. Antônio Luiz da Silva - Miraí

Animação Litúrgica: Comunidade Nossa Senhora do Rosário – Rosário da Limeira

Convidados: Todos os Ministros da Eucaristia e da Palavra

Festeiros: Sr. Niltinho e Antônio Moreira

____________________________________________________________



13/06 – Segunda –feira – FESTA DO PADROEIRO

TEMA: A Ecologia

“Com Santo Antônio queremos novo céu e nova Terra!”

14:00hs Santa Missa

Pres. Celebração: Frei Gilberto Teixeira, fsma - Pároco

Animação Litúrgica: Comunidade de Belizário

Convidados: Todas as Comunidades, Pastorais e Movimentos

Festeiros: Sr. Artidor Pedro e Antônio Rosa

Rede de Conservação em Terras Privas na Serra do Brigadeiro

A OSCIP Associação Amigos de Iracambi executou entre julho de 2010 a fevereiro de 2011, com o apoio das ONGs SOS Mata Atlântica, The Nature Conservancy e Conservação Internacional Brasil, um projeto piloto com o intuito de estabelecer uma Rede de Conservação em Terras Privadas nos 09 municípios que integram o Território Rural da Serra do Brigadeiro. Para isto, a OSCIP Iracambi firmou parcerias com a Associação dos Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural de Minas Gerais (ARPEMG), o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF), e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).


Atualmente, 80% das áreas naturais que pertencem ao bioma Mata Atlântica no país, se encontram sob domínio de propriedades rurais privadas. É visualizando este cenário que a OSCIP Iracambi acredita que a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) seja uma estratégica essencial para se garantir a conservação da sócia-biodiversidade na zona de amortecimento (borda) do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, com uma área potencial de aproximadamente 15 mil hectares. Um corredor ecológico ou de biodiversidade é um mosaico de usos da terra que ligam fragmentos de floresta natural através da paisagem. As RPPNs podem ser consideradas como as melhores aliadas dos parques e reservas criados pelo governo, pois ajudam a proteger seu entorno, formando corredores de vegetação que servem de abrigo e pontos de passagem de animais silvestres. Esses corredores permitem a circulação da fauna, impedindo que grupos familiares fiquem isolados entre si, o que geraria problemas de consangüinidade e aumentaria os riscos de extinção.

Neste sentindo Iracambi tem buscado encontrar meios práticos para que a Rede de Conservação em Terras Privadas na Serra do Brigadeiro se torne uma realidade em curto prazo (05 anos), são eles: campanha de divulgação e incentivo a criação; apoio na preparação da documentação, inclusive em trâmites cartoriais; apoio na definição da área; preparação de mapas; encaminhamento do requerimento e da documentação ao Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG); acompanhamento do Programa; parceria para a elaboração do Plano de Manejo; apoio na manutenção da RPPN e divulgação local; orientação e parceria na captação de recursos para pesquisas, manutenção e projetos conservacionistas; sensibilizar e orientar os poderes executivos e legislativos municipais com o intuito de criar, revisar e/ou regulamentar os fundos de meio ambiente existentes ou a serem criados; garantir aos proprietários das RPPNs o direito de uso de recursos públicos existentes nestes fundos ambientais através da transferência e aplicação direta na gestão e manejo destas áreas naturais existentes ou a serem criadas.

Neste primeiro semestre de 2011 a OSCIP Iracambi está assessorando um grupo de 15 proprietários rurais nos municípios de Muriaé, Miradouro e Rosário da Limeira, os quais estão dando entrada no processo de criação de suas RPPNs junto ao IEF/MG. Nossa meta é de proteger 5 mil hectares de propriedades particulares nos próximos 5 anos.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma unidade de conservação particular, criada por iniciativa do proprietário e reconhecida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Não há exigência sobre tamanho mínimo nem máximo para a criação de uma RPPN, pois a criação depende apenas do desejo do proprietário. Todos os direitos e o domínio sobre a área são mantidos. Os principais benefícios ao se criar uma RPPN são: isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); redução do risco de invasões e ocupações irregulares; maiores chances de apoio dos órgãos governamentais para a fiscalização e proteção da área, por integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. O proprietário pode realizar pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e visitação pública nas RPPNs, porém não é obrigado. Aqueles interessados nessas atividades podem obter apoio de diferentes fontes como: Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), Aliança para a Conservação da Mata Atlântica, Ministério do Meio Ambiente e Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.


Se você possui ou conhece alguém que tenha uma área de mata nativa com beleza cênica significante, animais ou plantas em extinção ou produção de água considerável (nascentes), junte se a nós e faça a sua parte! Segue abaixo alguns links que nos oferecem mais informações sobre os procedimentos para solicitar a criação de uma RPPN:

www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/criacao-de-rppn

www.arpemg.org.br

http://www.reservasparticulares.org.br/


Para maiores informações ou sugestões, entre em contato com o responsável técnico desta iniciativa via OSCIP Iracambi:

Gustavo Toledo Celular: (32)8438-5995 E-mail/MSN: gustavotoledo_turismo@hotmail.com Skype: lagusta82